sexta-feira, dezembro 20, 2013

Soldados da Paz com Sede em Peniche V

Em Maio de 1976, como já não havia lugar para as viaturas, um grupo de bombeiros, a que deram o nome de ‘Movimento Pró-Bombeiros adquiriu e ofereceu à própria corporação uma nova ambulância devidamente equipada, de marca “Peugeot 504’ Conforme lhes foi possível, continuaram a proceder a novas aquisições. Em fins do ano de 1978 foi adquirida uma nova viatura de combate a incêndios. Ainda na mesma década de 70, no dia do 43° aniversário a 16 de Junho de 1972, procedeu-se ao descerramento da lapide toponímica que designa a Rua dos Bombeiros Voluntários, a antiga Travessa do Matinho, ou seja, aquela onde se estava a construir o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Peniche e houve uma visita as obras da mesma unidade. 
Em 1973, no dia que assinala o aniversario seguinte realizou-se, como já vinha sendo hábito desde o primeiro ano da fundação daquele organismo humanitário, uma romagem de saudade ao Cemitério Municipal de Santana e ainda um jantar de confraternização entre directores e bombeiros num restaurante em Peniche. Também naquele ano foi assinalado, quatro meses depois destas solenidades, a morte de António da Graça Baptista, a 9 de Outubro de 1973, com 63 anos de idade. Foi um brioso soldado da paz, jamais se poupando a esforços ou sacrifícios onde os seus serviços pudessem ser úteis, sendo bastante rico o seu ‘curricu1um. Admitido como aspirante nos Bombeiros Voluntários de Peniche em Dezembro de 1942, foi depois objecto das seguintes promoções de 3 Classe em 1945, de 2 Classe em 1957, de l° Classe em 1959, subchefe de material por distinção em 1968. Foi ainda distinguido com as seguintes medalhas da associação: cobre em 1950 pelo seu comportamento exemplar; prata em 1959; ouro em 1969 por ter completado 25 anos de actividade. Modelo de dedicação à tão nobre causa dos bombeiros, dificilmente o seu exemplo se nos apagará da memória.

Recordo aqui também Inácio Luís Ceia, falecido a 28 de Março de 1976, com 67 anos de idade, não menos importante o seu ‘curriculum’ desde o dia da fundação, alistado aos 20 anos de idade e que se prolongou pela sua vida fora. Também na mesma década viram partir da vida presente o jovem soldado da paz Francisco José Remígio Garcia, A família testemunhou com o agradecimento ao Comando, Direcção e à Fanfarra da Associação dos BVP pela homenagem prestada e outras corporações de bombeiros que acompanharam o cortejo fúnebre até à inumaçäo junto dos seus colegas falecidos. Recordo, também, Albertino Jesus da Silva, bombeiro subchefe incorporado a 15 de Julho de 1947, com longa actividade, veio a falecer a 8 de Dezembro de 1978, sepultado junto aos seus colegas no talhão privado dos BVP no Cemitério Municipal de Santana.
Estamos em 1979. A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Peniche vai celebrar meio século de existência, ao serviço do bem comum, no dia 16 de Junho, a data da grande efeméride. Todas as corporações do nosso distrito de Leiria se fizeram representar com os seus respectivos estandartes e elementos que o acompanharam nas viaturas das suas corporações, que passo a relatar:
Caldas da Rainha, Bombarral, Nazaré, Batalha, Alcobaça, Porto de Mós, S. Martinho do Porto, Óbidos, Marinha Grande, Leiria Vieira de Leiria, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pêra, Pedrogão Grande, Pombal e Ancião. De outros distritos vieram corporações de: Lourinhã, Torres Vedras, Vila Nova de Ourém, Bombeiros Municipais de Coimbra, Constância, Abrantes, Alenquer, Lisboa (Campo de Ourique e Funchal. Em lugar de destaque acompanhou a representação no nosso cinquentenário o estandarte que representa esta corporação e que os soldados da paz sentem orgulho e que sempre os tem acompanhado desde a sua fundação nas mais diversas representações, religiosa civis e militares, transportado pelo porta-estandarte e dois membros da mesma corporação no papel de guarda de honra. Os olhos dos honrosos soldados que compõem a instituição brilham ao verem pender do cimo da lança os mais honrosos galardões que, ao longo dos tempos. àquela entidade tem sido reconhecida pelas suas qualidades do bem-fazer.
Considerando a meritória acção desenvolvida ao serviço do bem comum e o alto espírito humanitário revelado na defesa de vidas e bens pela aludida associação, o então ministro da Administração Interna manifestou púbico apreço de louvor à Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Peniche pela prestigiosa acção. desenvolvida ao longo da sua existência, cujo aniversário assinala, na certeza de que tal testemunho corresponderá não só à expressão de um sentimento pessoal, mas também à de um reconhecimento público que é devido pelo alto espírito de solidariedade humana, de altruísmo e de abnegação sempre evidenciados pela associação em causa. Também a Câmara Municipal de Peniche, por unanimidade, deliberou mandar exarar na acta de 13 de Junho de 1979, um voto de público louvor e agradecimento àquela benemérita instituição, à sua direcção, comando e corpo activo, que pela sua abnegação, coragem e dedicação ao longo de 50 anos devotados ao serviço de toda a população do nosso concelho, fazendo jus ao seu lema ‘Vida por vida’, se tornou credora do sentido reconhecimento de todos os penichences. A autarquia associou-se assim ao carinho dispensado por todos os munícipes aos ‘nossos’ bombeiros nas comemorações das suas bodas de ouro, tendo ainda deliberado participar activamente nas festividades que assinalam a efeméride.
Em sessão solene, no prolongamento do dia das festividades, foi entregue pelo representante do Conselho Administrativo da Liga dos Bombeiros Portugueses, a medalha de ouro, duas estrelas, por relevantes serviços prestados à causa do ‘soldado da paz’ e do voluntariado português, ao comandante em actividade desde 1958, Luís Filipe Jordão Vidal de Carvalho, natural e residente em Peniche, entidade que quis satisfazer esta oferta por unanimidade em deliberação de 15 de Junho de 1979. Não foram esquecidos pela organização os sócios fundadores daquela fundação humanitária na entrega de medalhões e galhardetes: Aires Henriques Bolas, Joviano Passos Coelho, Acácio Sousa Lacerda, Augusto Santana Veloso, José Manuel dos Santos Ginja, José Maria de Carvalho Oliveira, Joaquim Guilherme Fana Júnior e Afonso Leitão Costa. Também os bombeiros fundadores foram reconhecidos com as mesmas ofertas: Quintino Augusto de Lemos, José Rosa do Rio, Ângelo Gaspar da Mata, Manuel Miguel, José Inácio Bandeira, Lino Filipe Franco a Manuel Malheiros. Com o mesmo reconhecimento foram abrangidos os bombeiros auxiliares: Manuel Lopes Leitão e Inácio Gonçalves, bem como os bombeiros fora do activo incluídos no Quadro Honorário: António Belarmino Rodrigues, vulgo António Serafim, Luís da Costa, vulgo Luís Caseiro, José Rosado do Rio e Manuel António Malheiros. Não foram esquecidas algumas firmas e particulares com lembranças alusivas àquela efeméride: Manuel Mamede & Irmão, Lda, Victor João Albino de Almeida Baltazar, Alcides dos Santos Martins, Américo Mendes Machado, António de Matos Leitão, António Rodrigues, vulgo António Minó, Francisco de Jesus Salvador, Jacinto Teodósio Ribeiro Pedrosa, Joaquim Leitão, José da Conceição Fernandes Bento, viúva de Miguel Rocha, Renato Pereira Fortes, Rui Vitorino Leitão, Luís Manuel Judas Botelho, Banco Português do Atlântico, Carlos Norberto Freitas Mota e presidente da Câmara Municipal de Peniche, António Assalino Rosa Alves.
As promoções também estavam na ordem do dia. Assim, foram promovidos a bombeiros de 3° Classe: António José Chagas Mesquita, José Manuel Franco, Francisco Luís Dias Cândido, Carlos Manuel Tomás de Sousa Pedro Manuel da Conceição Rogério, Carlos Alberto Remigio Garcia e Mário Manuel Marques; bombeiros de 2° Classe:
Francisco Manuel da Costa Zaragoza, Pedro de Almeida Gonçalves Pereira, José Ribeiro Jorge e Edmundo da Conceição Morgado; por último, a bombeiro de la Classe foi promovida António Berto Martins Alfaiate. Havia agora que fazer a entrega das condecorações aos soldados da paz, considerado sempre um ponto alto de reconhecimento no cumprimento dos seus deveres, confirmando nos seus juramentos o seu dever cumprido. Assim, com a medalha de cobre (uma estrela) foram condecorados os bombeiros do Quadro Auxiliar: António Garcia Couto, Joaquim São Bento Correia, Nelson Rocha, Joaquim Hermenegildo Cadilha Leitão e Manuel Lino Trindade Franco; a bombeiro de 1° Classe: António Berto Martins Alfaiate e Gabriel Vitorino Viola; a bombeiro de 2° Classe: José Ribeiro Jorge, Edmundo da Conceição Morgado e Francisco Luís da Silva. Com medalha de prata (duas estrelas) foi distinguido o bombeiro de 1° Classe António Filipe das Neves e bombeiro de 2° Classe Gabriel Vitorino Finalmente, com a medalha de ouro (duas estrelas) foram distinguidos o chefe Elísio Vieira Carriço, chefe Narciso Augusto Rosa de Castro e o subchefe José Alexandre.


1 comentário:

vitor pereira disse...

gostaria de ver corrigida a gafe de quem redigio o artigo no que se refere ao meu nome, o segundo desta lista do ultimo paragrafo Vítor Pedro de Almeida Gonçalves Pereira e não pedro de almeida gonçalves pereira:
Francisco Manuel da Costa Zaragoza, Pedro de Almeida Gonçalves Pereira, José Ribeiro Jorge e Edmundo da Conceição Morgado; por último, a bombeiro de la Classe foi promovida António Berto Martins Alfaiate. Havia agora que fazer a entrega das condecorações aos soldados da paz, considerado sempre um ponto alto de reconhecimento no cumprimento dos seus deveres, confirmando nos seus juramentos o seu dever cumprido. Assim, com a medalha de cobre (uma estrela) foram condecorados os bombeiros do Quadro Auxiliar: António Garcia Couto, Joaquim São Bento Correia, Nelson Rocha, Joaquim Hermenegildo Cadilha Leitão e Manuel Lino Trindade Franco; a bombeiro de 1° Classe: António Berto Martins Alfaiate e Gabriel Vitorino Viola; a bombeiro de 2° Classe: José Ribeiro Jorge, Edmundo da Conceição Morgado e Francisco Luís da Silva. Com medalha de prata (duas estrelas) foi distinguido o bombeiro de 1° Classe António Filipe das Neves e bombeiro de 2° Classe Gabriel Vitorino Finalmente, com a medalha de ouro (duas estrelas) foram distinguidos o chefe Elísio Vieira Carriço, chefe Narciso Augusto Rosa de Castro e o subchefe José Alexandre.