ANO DE 2000
Decorriam os primeiros meses do ano
2000, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Peniche pretendia agora alterar os seus
estatutos atendendo aos obstáculos que depararam em determinados
assuntos a resolver, por não estarem adequados aos tempos presentes
para aquela época. Foi elaborado pelos órgãos sociais da ABVP, um
projecto de alteração dos estatutos, cuja apreciação e votação
ocorreu em assembleia geral extraordinária que se realizou em 12 de
Maio daquele ano, já com as informações que se encontravam a
disposição dos associados na secretaria da colectividade, nos
exemplares do referido projecto de alterações e dos estatutos
vigentes.
No mesmo ano realizaram-se, na altura
própria, a 16 de Junho, as costumadas comemorações, agora os 71
anos de existência da associação. A tradição manteve-se com a
alvorada, com os três toques que soaram da sirene, a romagem ao
cemitério, a missa na Igreja Paroquial de São Pedro e a sessão
solene no quartel da corporação, onde se destacou a entrega de
medalhas de cobre, prata e ouro aos diversos elementos, por
antiguidade que constituem aquela corporação.
ANO DE 2001 .
Em 2001, estava bem patente em todos os
membros daquela instituição humanitária a ultima assembleia geral,
considerada uma das mais participadas de sempre. A reunião então
marcada ao abrigo dos estatutos realizou-se em Março, tendo por
objectivo aprovar as contas do ano anterior da associação e eleger
os novos corpos sociais, mas veio a ficar marcada pela discussão
acesa sobre a forma como a direcção cessante geriu a associação.
Com uma movimentação financeira que ultrapassava os 117 mil
contos/ano, a ABVP tinha naquele momento cerca de 6 mil sócios,
numero que demonstrava bem a grandeza da organização fundada há 72
anos.
Reunidos em plenário, os sócios
presentes, entre sócios contribuintes e sócios/bombeiros e por isso membros da corporação, aprovaram por
larga maioria (com oito obtenções)
as contas de gerência da associação. Durante a reunião, os cerca
de 60 associados que compareceram nesta assembleia aprovaram ainda a
actualização do sistema de quotas, a aplicar a partir de 2002,
através da fixação da quota mínima de um euro/mês, a contar a
partir de 1 de Janeiro do ano seguinte.
Ainda no seguimento da ordem de
trabalhos, o plenário elegeu os novos corpos sociais para o mandato
(direcção, conselho fiscal e mesa da assembleia) tendo apenas sido
apresentada uma única lista ao sufrágio. Assim, a maioria expressa
da assembleia sufragou a única lista candidata, elegendo para
presidente da direcção Evaristo da Silva Cavalheiro (secretário da
antiga direcção), António José Leitão para presidente da mesa da
assembleia geral e Armando Faria para presidente do conselho fiscal.
Foi proposta 21 mesa a votação de um voto de confiança a direcção
recém eleita, votação que foi esmagadora, com 48 votos a favor e
apenas um voto contra.
Nesta assembleia foi ainda aprovado,
por unanimidade, um voto de louvor ao anterior presidente da
direcção, Júlio Alberto São Bento Correia, que pretendeu
distinguir todo o trabalho desenvolvido por este dirigente a frente
dos destinos da ABVP. De salientar ainda que desta assembleia geral
saiu uma recomendação para a nova direcção e que apontava para a
necessidade de alterar os estatutos vigentes, regras que datavam de
1932 e por isso careciam de actualização.
Aproximou-se o dia 16 de Junho, dia de
festa para os soldados da paz de Peniche e o mundo que os rodeiam. A
AHBVP comemorou nesse dia o seu 72° aniversario ao serviço da
comunidade. Ao longo do dia, bombeiros, familiares, amigos e
dirigentes da associação, entre muitos outros convidados,
juntaram-se para assinalar mais um aniversario desta associação do
concelho, com mais de seis mil sócios. Para além das cerimónias
habituais, durante todo o dia, destaco uma sessão solene onde se
aproveitou a efeméride para atribuir diversas medalhas de bronze,
prata e ouro a bombeiros e dirigentes que se destacaram ao longo dos
últimos anos na vida da corporação, para além de se proceder a
cerimonia de recrutamento de novos cadetes a jovens bombeiros ao
serviço da associação. Destaco também nesta sessão o
reconhecimento público a ajuda do Município a esta associação,
citando como exemplo, a oferta de uma nova ambulância, ao serviço
da corporação e que simboliza um “grato presente" em dia de
aniversario.
Como já vinha sendo costume decorreu a
18 de Agosto, num restaurante da nossa cidade, um jantar/ convívio
em que participaram cerca de 70 pessoas, entre bombeiros, empregados
e membros dos órgãos sociais da AHBVP. A iniciativa deste evento
coube a comissão organizadora do encontro anual de confraternização
dos BVP e órgãos sociais da associação, constituída por onze
elementos do corpo de bombeiros dos quadros activos e de honra, que
têm estatutos próprios, criada com o objectivo de confraternizar e
homenagear um colega. Lembramos aqui que em 1999 foi homenageado o
ajudante de comando Elísio Carriço. Neste convívio foram
homenageados dois elementos que muito deram a esta associação pelo
seu valioso trabalho e dedicação ao longo de vários anos, motivos
destacados pelo comandante da corporação.
Tratou-se do ex-presidente da direcção,
Júlio Alberto São Bento Correia e António Antunes dos Santos, este
conhecido pelo ‘Toni'. A testemunhar a eleição de homenagem foi
destinada, a cada um dos homenageados, uma salva de prata emoldurada,
com inscrições pessoais de felicitações alusivas aos respectivos
titulares. Não foi possível a presença de Júlio Alberto por já
se encontrar em precário estado de saúde; sabemos que pouco tempo
depois a vida o ceifou para sempre no nosso meio.
AN0 DE 2002
Com vista A criação do Núcleo de
Mergulho do nosso distrito; para formar bombeiros mergulhadores com o
objectivo de socorrer náufragos quando ocorrem acidentes ao longo da
nossa costa, por indicação do Serviço Nacional de Bombeiros,
através da Inspecção do Distrito de Leiria, realizou-se no dia 17
de Fevereiro o primeiro exercício do Plano de Operações de
Mergulho.
Participaram neste exercício 21
bombeiros e três acompanhantes, também bombeiros, que navegaram até à ilha da Berlenga em sete botes, onde
se exercitaram em algumas operações de mergulho, em representação
das seguintes corporações de bombeiros do distrito: Peniche,
Óbidos, Caldas da Rainha, São Martinho do Porto, Nazaré, Marinha
Grande e Pombal. Após este acto de formação no mar e depois do
regresso a terra, os bombeiros mergulhadores participaram também
numa missão organizada com o fim de se fazer uma análise 51 forma
como decorreu esta preparação, onde cada um teceu os comentários
que lhes pareceu mais convenientes de modo a serem eliminadas lacunas
no futuro em outros exercícios de mergulho. Predispuseram-se assim
os nossos bombeiros a receber formação adequada de modo a poderem
salvar vidas também no mar.
Aproximou-se o grande dia festivo
daquela colectividade, dia 16 de Junho, data em que foi comemorado o
73° aniversario. A efeméride foi assinalada em ambiente de festa,
com pompa e circunstancia, com as cerimónias habituais, onde incluiu
a sessão solene no quartel da associação. A presidir a sessão
estiveram o governador civil José Leitão, nosso conterrâneo, para
além do presidente da Câmara Municipal de Peniche, Jorge Gonçalves,
presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros, Duarte
Caldeira, inspector e comandante distrital, entre muitos outros
convidados. Nesta cerimónia simbólica de aniversário, o comando da
corporação procedeu à entrega de varias medalhas a bombeiros distinguidos, bem como a diversas
promoções de alguns soldados da paz que integraram a corporação,
em que destaco os bombeiros agraciados com a medalha de ouro: Paulo,
Nuno e Virgolino. Ficou marcado este aniversario com a prenda de uma
viatura auto-escada oferecida pelo então emigrante em Franca,
natural de Peniche, Mário Monserrate, perfeitamente operacional,
viatura que foi transportada a partir de Franca, próximo de Paris,
com a colaboração de uma corporação de bombeiros franceses.
Fez a entrega no decorrer da sessão o
benfeitor Mário Monserrate acompanhado de sua família, a quem todas
as entidades presentes agradeceram este gesto exemplar de servir o
próximo.
Também meses depois, a direcção dos
Bombeiros Voluntários de Peniche foi surpreendida com a oferta de
uma ambulância a entregar oportunamente pela Caixa de Crédito
Agrícola de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche que veio reforçar o
parque de viaturas do serviço de saúde da instituição
humanitária, que lutava com bastantes dificuldades para obter uma
nova unidade. Tratou-se de uma ambulância ‘Mercedes; modelo
‘Sprinter; de tecto alto e devidamente equipada para proporcionar
um serviço de qualidade a quem dela viesse a necessitar.
ANO DE 2003
Foi já no final do mês de Março que
a associação recebeu duas novas ambulâncias. Uma viatura foi destinada ao serviço de fisioterapia,
montada com elevador para poder colocar nela os doentes em cadeiras
de rodas, para além de ter ainda capacidade de transporte para mais
cinco pessoas sentadas. Esta unidade foi adquirida em consequência
da campanha de angariação de fundos levados a efeito, no ano
transacto, na cidade de Peniche e zona rural. O seu custo foi de
35.929,05 euros. A outra viatura foi destinada, essencialmente, a
evacuação de doentes do Hospital de Peniche para os hospitais
centrais, a qual esta equipada com material adequado a doentes
transportados em situações graves, com condições para serem
acompanhados por médicos e/ou enfermeiros, consoante o estado do
doente e a prescrição clínica. Esta unidade veio também
proporcionar a prestação de um melhor serviço. O seu custo foi de 41.26153 euros e foi oferecida, como
atrás foi referido, pela Caixa de Crédito Agrícola das Caldas da
Rainha, Óbidos e Peniche.
Em Junho, a corporação assinalou o
74° aniversário. Do programa destaca-se a celebração da
Eucaristia, a que presidiu o capelão nacional dos bombeiros, Pe.
José Manuel, tendo a cerimonia sido animada pelo coro dos escuteiros
locais que deu considerável relevo ao acto. Após este respeitável acontecimento, teve lugar em frente a Igreja Paroquial de São Pedro
o baptismo de três viaturas que tinham sido postas recentemente ao serviço desta
colectividade, solenidade realizada também pelo referido capelão.
Uma viatura, como já tinha sido referenciada, destinada ao serviço
de fisioterapia, oferecida pela população deste concelho, tendo
apadrinhado o acto o presidente da Câmara, Jorge Gonçalves, na
qualidade de representante do povo. Outra destinada para fazer
evacuações de doentes do Hospital de Peniche para outros hospitais,
oferta da Caixa de Crédito Agrícola de Caldas da Rainha, Óbidos e
Peniche, tendo sido padrinho Carlos Félix Charrinho, então
director do Balcão de Peniche da referida instituição bancaria.
A terceira oferta, de Mário Monserrate
e filho, seus padrinhos da viatura no acto do baptismo do referido
veiculo. Seguiu-se a romagem ao cemitério onde foi colocada uma
palma de flores, pelo presidente da Câmara, no talhão dos
bombeiros, onde foram guardados momentos de meditação. No regresso
ao quartel houve desfile apeado e motorizado, em que participaram os
elementos da fanfarra e do corpo de bombeiros, com todas as viaturas
da corporação, percorrendo algumas ruas principais da cidade. A
sessão solene teve inicio as 12h00 com a entrega de medalhas a
elementos do quadro de honra do corpo de bombeiros, a bombeiros do
quadro activo, a um elemento da fanfarra e a um director. O
responsável pela fanfarra, motorista auxiliar Pedro Gomes, recebeu
as divisas equiparadas a chefe pelo seu desempenho na promoção da
fanfarra que tem dignificado a associação em algumas actuações
realizadas em determinadas localidades do país.
Na mesma sessão foi feita a entrega do casaco anti-fogo ao
governador civil, oferta do corpo dos bombeiros, atendendo ao
interesse demonstrado pelo responsável nas linhas de combate a
incêndios, onde era na altura visível a sua presença.
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